Geração Clichê

Emaranhados na teia da vida trilhamos a passos lentos caminhos que desconhecem o fim. Durante essa jornada vestimos a armadura, aprendemos por medo a segurar as lágrimas e a esconder o que sentimos. Não é permitido fraquejar, vivemos para ser fortes, mas por vezes esquecemos o quão frágeis somos.

 Meras crianças condenadas a labirintos de sonhos, contradições, presas  a um ciclo eterno de amores e decepções, seguimos em universos paralelos encarcerados por nossas próprias prisões de liberdade. Sobrevivemos alimentados do egoísmo ditado pelo sistema e desaprendemos aquilo que temos de mais belo, o dom de amar sem motivos aqueles que nos cercam porque os mesmos são feitos de carne, osso, porque é uma vida e somos iguais.

Rotulados, embalados em roupas de marca o que mais tem torna-se superior. O abraço sincero, o beijo no rosto, o olho no olho são deixados de lado para dar espaço a uma ditadura de aparências onde status e futilidades se sobressaem. Até quando viveremos assim desorientados, distantes do que nos faz diferentes? Onde estarão aqueles que valorizam a essência? Será que o “humano” é uma espécie em extinção?


Angélica Erd 
Santiago, RS


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