Tsunamis no rio Ijuí
Certa feita, eu pescava
Nas barrancas do Ijuí
E me acreditem, eu vi
Um tsunami bagual
Primeiro foi um estrondo
Seguido de um vendaval
Parecia um animal
Num corcoveio de louco
Que a las pucha, por pouco
Não me quebra o espinhal
Disparei meio de lado
Fugindo do aguaceiro
Correndo muito ligeiro
Atravessei um banhado
Não via nada na frente
Ia sem tocar no chão
Correndo feito um tufão
Olhei por cima do ombro
E notei que aquele assombro
Já me molhava o garrão
Depois, de longe, mais calmo
Parei pra raciocinar
Não podia acreditar
Aqui não tem dessas coisas
Em rio não dá maremoto
Então de soslaio eu noto
E envergonhado sorri
Que o causador do bochincho
Foi um baita de um capincho
Que se atirou no Ijuí
Clodinei Silveira Machado
silveiraselva@ibest.com.br
Santo Ângelo, RS
Nas barrancas do Ijuí
E me acreditem, eu vi
Um tsunami bagual
Primeiro foi um estrondo
Seguido de um vendaval
Parecia um animal
Num corcoveio de louco
Que a las pucha, por pouco
Não me quebra o espinhal
Disparei meio de lado
Fugindo do aguaceiro
Correndo muito ligeiro
Atravessei um banhado
Não via nada na frente
Ia sem tocar no chão
Correndo feito um tufão
Olhei por cima do ombro
E notei que aquele assombro
Já me molhava o garrão
Depois, de longe, mais calmo
Parei pra raciocinar
Não podia acreditar
Aqui não tem dessas coisas
Em rio não dá maremoto
Então de soslaio eu noto
E envergonhado sorri
Que o causador do bochincho
Foi um baita de um capincho
Que se atirou no Ijuí

silveiraselva@ibest.com.br
Santo Ângelo, RS
Se você quiser divulgar neste espaço, envie seu seu trabalho para casadopoeta.stgo@gmail.com com os seguintes dados: nome completo; foto; blog (se tiver); e-mail para contato e cidade/estado.
ATENÇÃO: A Casa do Poeta de Santiago não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos ou pelas idéias expressadas por estes. Os artigos publicados neste espaço são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores, e expressam as idéias pessoais dos mesmos.
Comentários