O menino volta ao colégio

A mochila na parada do ônibus
do Colégio Cristóvão Pereira.
Por detrás da máquina,
o adulto
que veio buscar o menino
— quase cinquenta anos depois —,
para levá-lo na palma da mão.
O ônibus não passou.
O tempo passou.
Restou a fotografia
de dois que não se encontraram.
A mochila ali parada,
estagnada,
era a granada
que explodia em meu peito.

E eu que não sabia que dessa vida sempre seria um petiz!

*este poema está no livro Geração Pixel, que será lançado na Casa do Poeta dia 15 de outubro. Para mais informações, clique aqui.

Breno Serafini
http://www.brenoserafini.com.br
Porto Alegre/RS



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