O brilho das nazarenas

Brilhavam as nazarenas
Naquele taura pilchado
Que eu vi entrar no fandango
De chapéu, de faca e mango
E um jeitão de debochado

O porteiro pacholento
Nem se importou com o taita
Então veio a autoridade
Do patrão da entidade
Mandando parar a gaita

Retirou o cuera do baile
Pediu que ele fosse embora
Pois nesse fervor de gente
Não se aceita um vivente
Querendo dançar de espora

As normas do MTG
São claras e respeitadas
Tradição, arte e cultura
Quem achar que é grossura
Que vá dançar nas baladas

Os costumes de outros pagos
A tradição não adota
Modismos cheios de balda
Brinco e lenço à meia espalda
E bombacha encima da bota

O meu Rio Grande do Sul
Conserva a sua identidade
Recebeu o imigrante
Mas, ensinou num instante
A ser gaúcho de verdade

Clodinei Silveira Machado
silveiraselva@ibest.com.br
Santo Ângelo, RS



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