Dia nacional do Escritor

A pergunta que se faz, ao nos debruçarmos sobre a importância dessa data, é: no que concerne aos escritores do Rio Grande do Norte, o que temos para comemorar?
Aqueles que têm dedicado o seu labor literário, buscando a palavra a mais exata e com teor estético que busca alcançar a perfeição, têm encontrado, nestas plagas, dificuldades das mais diversas para publicação e difusão de suas obras.
Ademais, a formação de um público leitor – onde as prioridades governamentais não nos permitem a identificação de rumos no tocante à opção pela cultura e pela educação do povo que guiam – torna-se mais e mais dificultosa, com estorvos de toda natureza. Basta lembrar a atual situação da Biblioteca Pública Câmara Cascudo, um equipamento importantíssimo que se encontra à míngua, deixando de colaborar com a formação e a informação de milhares de estudantes e leitores feitos e por fazer.
Óbvio que a falta de prioridade do poder público (a Prefeitura de Natal e a Funcarte têm sido, no meu entender, honrosas exceções) tem concorrido com outros obstáculos de naturezas distintas: a falta de visão dos pais que não incentivam os filhos a se debruçarem sobre os livros; a disputa desleal com a TV e a internet; dentre outras e outras razões.
Importante lembrar uma recente iniciativa que conta com o apoio da Assembléia Legislativa (e, esperamos, com a sanção governamental futura). Trata-se da Lei do Livro Potiguar, elaborada numa parceria entre aquela casa legislativa e a UBE-RN.
Acreditamos que essa e outras boas fórmulas de mudança (e, obviamente, o talento do escritor potiguar) podem vir a transformar o nosso cenário literário atual e nos trazer motivos de orgulho e comemoração nos próximos 25 de julho.
Comentários
Gostaria de parabenizar, neste 25 de julho, através do blog, todos os escritores santiaguenses e da região.
Os reconhecidos e os anônimos, os veteranos e os novatos, os literatos, os poetas (uma forma de escrita), os jornalistas, os blogueiros, os advogados, enfim todos aqueles que diariamente e (a maioria), de forma anônima, dedicam-se a lapidar a escrita e a fala.
Weimar Donini.
(em passagem relâmpago pela cidade no sábado, 23/07. Estive na Casa, ao meio-dia mas estava fechada. Consolei-me com uma foto em frente)