Cardã quebrado

Barbaridade! Las-puchas!
Dias e dias de viajem.
Começa a crer na imagem,
Daquilo que mais queria:
Encontrar uma guria,
Que lhe aliviasse a bagagem.

Sofrenando um caminhão
Na lida de motorista
Depois de horas na pista,
Decide fazer um alto
E num posto, à beira do asfalto,
Principia uma conquista.

E, se arrincona num canto
Abraçado à formosura.
E, pede àquela criatura,
Com audácia e receio,
Posso apalpar-lhe os seios?
Que a situação está dura!

Se julgando um vivaracho,
Enlaça firme a percanta.
Fala que coca e fanta,
Têm lá suas diferenças.
E, se uma cabeça não pensa,
A outra é que se agiganta.

Entre acertos e carinhos,
Gorja e lábios molhados.
Foi despindo-a, com cuidado,
Mas - sentiu - na 'moça' havia,
Algo que até parecia:
Um grande cardã quebrado!

Clodinei Silveira Machado
silveiraselva@ibest.com.br
Santo Ângelo, RS



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