A Casa e Caio Abreu

A inauguração da sede da Casa do Poeta de Santiago, Casa Caio Fernando Abreu, repercutiu em toda imprensa gaúcha. Desde o nosso Expresso, até os jornais Diário de Santa Maria, A Razão, Zero Hora, o portal Terra e também a TV COM. A grande repercussão não foi tanto pela criação de um novo espaço cultural, mas pelo reconhecimento merecido que o Caio recebeu. Há algum tempo, quando percorri as livrarias e sebos de Santa Maria, buscando livros dele, deparei-me com o livreiro do sebo-café dizendo: "As obras do Caio? Não param na prateleira. Vai ser difícil o amigo encontrar." Dito e feito. Somente consegui duas republicações novas da LP&M, mais nada. Em 1994, quando estava na Academia Militar, li "O Ovo Apunhalado", uma coletânea de contos. Por que? Eu achava que ele era porto alegrense e quis o livro de um gaúcho. Só descobri que o Caio era da "Terra dos Poetas" em 2006, apresentado pela professora Rosane Vontobel. O que penso da obra de Caio? Ele é um mestre em dizer muito, escrevendo pouco. O leitor transita da raiva para emoção em segundos. Do riso ao pranto. Homenageando essas e outras qualidades artísticas é que estamos em contato com a sua família, para obtermos alguns objetos para exposição permanente. O tempo passou e Caio F. possui uma Casa. Tenho certeza que a alma dele desliza de patinete em nuvens de algodão pelo reconhecimento merecido da cidade natal deste grande escritor.

Giovani Pasini, presidente da Casa do Poeta de Santiago

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