Pobre menina de rua

Pobre menina de rua,
maltrapilha, descabelada,
tremendo de frio.
A fome estampada no rosto
e no corpo franzino... esguio.
Mesmo assim,
não arreda pé de seu ponto,

pois é dali que ela pede compaixão
aos passantes
que, em seus carros de luxo,
desfilam, bem nutridos e elegantes.


Muitos nem a olham,
e os que se dignam a um olhar
viram o rosto enojados.
Poucos são os que lhe dão uns trocados
que ela segura apertado na mão.


Pobre menina de rua!
Teve, algum dia, um lar?
Ou foi nascida do lixo
em que a humanidade teima
em se transformar?

Antonia Nery Vanti (Vyrena)
http://sonhandocomvyrena.eu5.org
vyrena@terra.com.br
Porto Alegre/RS



Se você quiser divulgar neste espaço, envie seu seu trabalho para casadopoeta.stgo@gmail.com com os seguintes dados: nome completo; foto; blog (se tiver); e-mail para contato e cidade/estado.

ATENÇÃO: A Casa do Poeta de Santiago não se responsabiliza pelo conteúdo dos artigos ou pelas idéias expressadas por estes. Os artigos publicados neste espaço são de inteira responsabilidade dos seus respectivos autores, e expressam as idéias pessoais dos mesmos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Escritoras selecionadas para o vol. 13 do livro Infinitamente Mulher

Resultado Concurso Nacional de Poesia Oracy Dorneles 2022

Vem aí: volume 13 Infinitamente Mulher